mercredi 1 avril 2009

Marca d’água

É, mesmo que a função do word “inserir marca d’água” seja a primeira a vir na cabeça quando falamos de marca d’água, neste caso, me refiro à marca d’água que precisamos colocar contra a luz para ver. Atualmente, sua utilização mais comum está no dinheiro (papel-moeda) e em alguns selos de colecionadores.

Acontece que, até o momento que o papel começa a ser fabricado com máquinas (século XIX), os papéis tinham normalmente marcas d’água que podiam oferecer algumas informações sobre determinado papel.

A marca d’água é uma invenção ocidental, a primeira encontrada é de 1282, uma cruz grega da cidade de Fabriano na Itália. Mas logo depois, é possível encontrar uma grande variedade – de pequenos desenhos, ou mesmo palavras (contremarque) – que podiam informar características e qualidade do papel, fazer uma homenagem a uma personalidade, indicar a origem e a data de fabricação do papel. Mas todas essas informações não são encontradas em todos os papéis, variando de acordo com a sua época de produção.

Os estudos sobre os livros antigos caem geralmente sobre a análise dessas marcas d’água e sobre as informações que elas podem oferecer. Para reconhecer os diferentes símbolos, uma ferramenta importante chama-se Briquet, uma obra publicada em 1907 que contem as marcas d’água com o atelier ao qual ela se refere para os papéis produzidos até 1600.

Para quem tem interesse no assunto ou tem livros antigos em casa e quer se divertir, segue uma pequena sugestão de livros e sites:

Briquet, Dictionnaire historique des marques de papier, 1907.
Gaudriault, Filigranes et autres caractéristiques des papiers fabriques en France au XVIIe et XVIIIe siècles, Paris, CNRS éditions et J. Telford, 1995.
La Chapelle, Le Prat, Les Relevés de filigranes, Watermarks records, I rilievi de filigrane. Paris, La documentation française, 1996.
Mosser, Saffle. Puzzles in Paper, colloque de Roanoke, Virginie, 1996
paperhistory.org, museodellacarta.com, watermark.kb.nl

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