mercredi 26 août 2009

Xerox informatizado

Antes mesmo da USP ter todas as duas bibliotecas informatizadas, quer dizer, com o controle de empréstimos de livros feito a partir da carteirinha da USP, o xerox da FFLCH já era informatizado.

Diferentemente do "xerox" com o qual estamos acostumados nas universidades de São Paulo, onde você chega e acha o texto que quer na pasta de tal professor, o xerox da FFLCH tem a mesma estrutura mas os pedidos de textos de aulas e professores são feitos a partir de um dos vários computadores disponíveis.

O sistema pede o seu número USP e uma senha (que pode ser facilmente cadastrada com o número USP e o nome) e, então, abre um espaço de trabalho que permite encontrar textos a partir do nome do professor, da matéria ou por uma busca geral. Selecionado o texto, ele pode ainda ser vizualizado e o preço total aparece à esquerda na tela.

Após concluir o pedido, é só pagar (é, faltou a possibilidade de pagar com cartão) e esperar um dos mocinhos trazer seu texto.

Obs. Não posso deixar de comentar que, na França, o local xerox não existe nas faculdades, quer dizer, ele se resume a uma máquina de xerox que deve ser auto-administrada, que eu, por acaso, usei raramente. Será que é porque as bibliotecas deles funcionam melhor?

mardi 18 août 2009

Língua Latina II

Para validar meu segundo ano de Master tive que pegar na USP algumas matérias. Como lá eu era uma das únicas a não saber ou latim ou grego achei que seria simpático se eu tentasse adquirir certas noções. O que quer dizer que um curso Latim I seria ideal. No entanto, como na USP já estamos no segundo semestre, as matérias são sempre "II", já que supostamente passamos pela "I" no primeiro semestre.

Encontrei, então, uma tal "Língua Latina II", que não tinha pré-requisitos: ideal! Pedi como optativa, o Júpiter (sistema da graduação) me deu (o que quase nunca acontece) e lá estava eu matriculada de segunda e quarta das 21h às 23h na FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas).

A FFLCH é bem particular, ou talvez seja a ECA? Mas o fato é que chegar lá e achar a sala onde vai ser o seu curso não é nem um pouco evidente. Você anda, anda, anda (porque lá é enorme) e vê papéis e mais papéis e pessoas e mais pessoas. Depois que você encontra tudo isso e chega, atrasada é claro, na sala, você vê que tudo bem, porque o professor também não chegou e ainda demora justamente porque não achava a sala.

O professor é todo pimpão, cheio de piadinhas e logo quis saber quem era aluno novo. Sim, porque, a maioria estava com um livro verificando onde tinham parado no semestre passado. Para a minha sorte, eu não era a única "aluna nova", porque ou eles vinham da manhã ou eles tinham trancado o curso, talvez eu me enquadre mais na categoria "a única que não nada de latim". Mas a aula foi tranquila, eles leem o texto, e depois localizam adjetivos, verbos e depois traduzem : acompanhável até o momento.

No fim da aula, peguei o nome do livro Reading Latin já pensando que ía ter que achar ele o mais rápido possível em alguma livraria específica, mas não, a FFLCH é cheia dos esquemas. Xerox? que nada! o próprio site da Letras da FFLCH disponibiliza as obras em PDF para download, assim como uma comunidade no orkut. E acabo de descobrir que o site da FFLCH, mesmo se ele é bem feinho, dá pra você achar o curso que você vai fazer e ele mostra em que sala vai ser o curso! Impressionante!

dimanche 9 août 2009

Cuide de você SOPHIE CALLE Prenez soin de vous

De volta ao Brasil, algumas pessoas vieram comentar comigo sobre a exposição da francesa do momento aqui em São Paulo : Sophie Calle. Não sei se não me explicaram direito do que se tratava ou se eu não prestei muita atenção, mas o fato é que sabia da exposição mas não sabia bem do que se tratava.

Na verdade até me perguntei algumas vezes do que se tratava, já que ela participou em junho da Flip, o que me fez concluir, sem pesquisar muito, que ela era uma escritora e, então, o que ela estaria expondo?

O que motiva a exposição é um email que Sophie Calle recebeu de seu namorado X terminando o relacionamento com ela. Depois de ter visto o filme Bem-vindo, parece que todas as motivações do homem se justificam pelo amor e o tema começava a me parecer um pouco repetitivo e meloso. Engano meu!

Sophie Calle transforma esse email de rompimento em um divertido trabalho artístico e literário. Ela pede a 107 mulheres uma interpretação profissional para o tal email e o resultado esta apresentado na exposição através de vídeos, retratos e trabalhos feitos em cima do texto de X ou de suportes representativos das profissões (tabuleiro de xadrez, receita médica, palavras-cruzadas, etc.).

Além disso, é legal ver que as profissões ligadas ao texto estão bastante representadas (tradutora, revisora, latinista, escritoras, etc.), fato raro quando a intenção é representar as profissões.

SOPHIE CALLE Cuide de você

De 10 de julho a 7 de setembro de 2009
SESC POMPEIA - Rua Clélia, 93, Pompeia - São Paulo
Tel. (11) 3871 7700
De terça a sábado, das 10h às 21h
Domingos e feriados, das 10h às 20h

De 22 de setembro a 22 de novembro
MUSEU DE ARTE MODERNA DA BAHIA


mardi 4 août 2009

Em busca de La Disparition

Pouco antes de voltar pro Brasil, meu namorado foi obrigado a dar uma passadinha rápida por Paris. Para aproveitar a oportunidade, fizemos uma listinha com alguns livros que a gente tinha que comprar lá, afinal a Gilbert Jeune e a Gilbert Joseph oferecem os livros no formato de bolso de forma semi-organizada, com um preço adequado, e muitos com opções de livros usados (pela metade do preço original).

Partimos da seguinte lista :

. Thérèse philosophe avec le préface de Mme Lotterie: já li esse livro para uma matéria, no entanto, minha professora fez o prefácio para a edição de bolso.
. Histoire de l’art (Gombrich): todos os motivos para comprar mas apesar de não estar tão caro, ele era de qualquer jeito 29 euros, além disso, se não é pra ler na língua original, leio em português, né?!
. O Muro (Sartre): li ainda no ensino médio e achei bem legal.
. La Disparition (Perec): explico depois.
. Jean Marie Gustave Le Clézio (nobel): ganhou o prêmio nobel, apesar da escolha ter sido bem criticada.
. La Princesse de clèves (Mme de Laffayette): gerou polêmica quando o Sarkô questionou a sua importância em um concurso publico.
. Jacques le fataliste (Diderot): curioso, não?!

Após algumas indas e vindas do meu namorado entre as duas livrarias e umas 10 ligações de celular, adicionamos uns, não achamos outros e acabamos comprando :

. O Muro (3,3 euros).
. le clézio, Le Procès-verbal (3 euros).
. Jaques le fataliste (2,25 euros).
. A Insustentável leveza do ser, do kundera (5,5 euros): adicionado à lista porque o kundera também escreve em francês e a gente já tinha curiosidade por esse livro.
. Justine (5 euros): Sade e a literatura pornográfica do século XVIII.
. Le Rouge et le noir (2,75 euros): a gente tinha comprado antes, sem querer, um livro só com as "melhores partes", como o texto integral estava barato foi adicionado à lista.
. O Estrangeiro (2,25 euros): comprei de presente para uma amiga que está aprendendo francês, além de ser um bom livro, não é tão complicado para quem já sabe um pouquinho.

Acho que fizemos boas compras no fim das contas. No entanto, agora, La Disparition do Perec está me fazendo falta. Ouvi falar do Perec com muita frequencia na minha aula de Edição Científica Digital, usamos um texto dele (Experimental Demonstration of the tomatotopic organization in the soprano - Cantatrix sopranica L.) de forma intensa para aprender um pouco de XML. Como a aula era um pouco complicada e o texto não facilitava, o pobre Perec foi quase odiado. Mas uma amiga me falou pra ter calma que ele era um cara legal!

Passado alguns meses do fim dessas aulas, fui procurar novamente o Perec. Achei na biblioteca seu primeiro livro Les choses e achei muito bom, diferente, ele usa frases curtas e diversas palavras para a composição e a caracterização dos ambientes e dos personagens. No entanto, o que mais me chamou atenção foi um outro livro: La Disparition. Há muito tempo atrás, eu tinha ouvido falar de um livro que tinha sido inteiro escrito sem uma das vogais. Lembro que fiquei interessada, mas não me engajei muito na busca.

Não preciso nem dizer que se trata exatamente de La Disparition. Pois é, li em algum lugar que o que o Perec faz é meio que misturar a literatura com a matemática... e então ele escreveu esse livro sem utilizar a vogal e. Até onde eu sei, esse livro não foi traduzido e fico imaginando como isso poderia ser feito (até descobri depois que esse era um dos grandes desafios do pai de duas amigas minhas), mesmo porque o e em francês acho que corresponderia mais ao nosso a. Será que a tradução seria sem o a ou sem o e? Interessante! Se alguém descobrir uma solução me conta! Se não, achei o livro em francês pelo site da Livraria Cultura por 31 reais (disponível em até 10 semanas). Vou ver se mato minha curiosidade.

Sinopse do livro no site da Livraria Cultura:
Disons, sans plus, qu'il a rapport à la vocalisation. L'aiguillon paraîtra à d'aucuns trop grammatical. Vain soupçon - contraint par son savant pari à moult combinaisons, allusions, substitutions ou circonclusions, jamais G.P. n'arracha au banal discours joyaux plus brillants ni si purs. Jamais plus fol alibi n'accoucha d'avatars si mirobolants. Oui, il fallait un grand art, un art hors du commun, pour fourbir tout un roman sansça.

samedi 1 août 2009

Faire l’histoire des bibliothèques aujourd’hui

Avec une histoire très ancienne, mais avec une étude qui commence très tardivement, les bibliothèques ont eu plusieurs informations importantes sur leur histoire perdues pendant les années. Cependant, il y a encore quelques autres morceaux d'histoire qui existent toujours, mais qui n'ont pas été encore organisés et parfois, même pas été trouvés.
De cette façon, les études qui existent actuellement dans ce domaine peuvent prendre plusieurs chemins, tels comme : essayer de reconstruire le contenu des bibliothèques dans un moment donné, étudier les bibliothèques qui ont disparu, mais aussi celles qui existent encore, analyser les valeurs symboliques de certaines bibliothèques, etc.
Pour cela, plusieurs sources doivent être cherchées et étudiées, à commencer par les inventaires et catalogues, qui parfois ne sont pas facilement trouvés et encore moins, mises à jour. En plus, ils sont parfois difficiles à lire. Après cela, il faut chercher dans tous les documents de la bibliothèque pour essayer de trouver les livres qui ont été dans ces bibliothèques car ils peuvent avoir des informations importantes, comme un code, une référence, une date, etc.
L'intention de ce travail est celle d'analyser les méthodes de recherche qui ont été mises en place par deux chercheurs, à partir de leurs ouvrages. La première est La véritable histoire de la bibliothèque d'Alexandrie de Luciano Canfora et la seconde, La Bibliothèque Nationale des origines à 1800 de Simone Balayé.

Le sujet et les difficultés
Avant même de réfléchir sur le but de chaque recherche, il convient de placer les sujets et d'analyser, par rapport à cela, quelles sont les difficultés qu'ils imposent à la recherche.
Dans le premier cas, il s'agit de l'histoire d'une bibliothèque antique qui a été détruite. Déjà le fait de s'agir d'un objet très éloigné dans le temps, met en jeu les difficultés que l'on trouve par rapport à cela : la perte de documents pendant le temps, le manque de documentation des époques antiques, etc. Dans ce cas-là, la difficulté en trouver les sources est encore plus compliquée. Comment l'on voit dans l'ouvrage, elle-même, les livres et les documents de la bibliothèque ont été brûlés il y a milliers d’années. Ce qui lui offre encore moins de possibilités de trouver quelque document.
Sur l'ouvrage de Simone Balayé, l'on trouve une étude sur la Bibliothèque Nationale. Malgré ses origines très anciennes, elle s'agit d'une institution contemporaine qui est étudiée jusqu'à 1800. Sûrement, il n'est pas possible de trouver tous les documents aussi dans ce cas, « certaines lacunes graves de l'information ne seront jamais comblées » (André Miquel, dans la préface), mais la grande difficulté était, peut-être, celle de tout rassembler, d'organiser toutes les informations d'une façon claire et logique sans rien oublier.

Ce qui chacun veut avec son ouvrage
Dans ces domaines, il faut vérifier ce qui chacun voudrait comme résultat de son travail. C'est vrai que quand l'on commence une recherche, on ne sait pas souvent où est-ce qu'on va vraiment arriver, mais il y a quelques informations qu'on peut essayer de trouver.
Devant les impossibilités de faire un travail avec statistiques et autres informations détaillées, Luciano Canfora essaie de raconter l'histoire de la bibliothèque d’Alexandrie, mais la véritable histoire, hors les mythes et les légendes. Balayé, par contre, prend tous les travaux et fait un seul complet, elle essaye de tout lier dans un grande ouvrage sur la Bibliothèque Nationale.

Les sources et la méthode
Un des motifs qui font de la bibliothèque d'Alexandrie l’objet de plusieurs recherches jusqu'au aujourd'hui est, sans doute, sa valeur symbolique : « Auréolée de légende, la bibliothèque d'Alexandrie a réussi à incarner le mythe surréel qui voulait rassembler en un lieu clos les livres du monde entier. » Également, c'est à cause de cela que l'on peut trouver un certain nombre d'informations.
Celui n'est pas le seul livre sur la Bibliothèque d'Alexandrie. Même le mot « véritable », qui apparaît dans le titre, fait référence à tout cela qui était dit sur ce sujet, sans, cependant, s’assurer des informations fiables, ce que ne nous permet pas de les confirmé en tant que vérité ; plusieurs mythes ont été inventés sur cette bibliothèque. Tous ces livres, les mythes et tout ce qui était prise en compte par l'histoire ont été importantes pour l'auteur.
Dans le cas de la Bibliothèque Nationale, dans la préface de l'ouvrage, André Miquel, ancien administrateur de la Bibliothèque Nationale, raconte tout que Simone Balayé a utilisé pour reconstruire l'histoire de cette bibliothèque. Il dit que, jusqu'au moment, il n’y avait que des travaux fragmentés ; il faudrait, donc, prendre tout ce qui a été fait comme étude sur la Bibliothèque Nationale, soit les études du passé, soit les études patrimoniales.
De cette façon, André Miquel raconte que Balayé utilise des « travaux de première main et de sources documentaires qui ont survécu aux destructions », « les inventaires anciens, les acquisitions », en plus, elle a parlé avec plusieurs personnes qui ont travaillé là-bas.
Dans ses remerciements, elle fait référence à quelques détails qui peuvent nous donner des pistes sur quelques éléments importants de sa recherche. Elle remercie les archives nationales, où elle a trouvé les plus divers documents, comme lettres du ministre, informations sur les bâtiments de la Bibliothèque, statistiques des monuments et livres de la Bibliothèque, etc. Comme on avait déjà dit, elle parle aussi de l'importance des ses « prédécesseurs », ceux qui ont étudié aussi la BN, et fait référence aussi aux séminaires qui ont permis de mettre leur travail à l'épreuve.
Canfora recherche, lui aussi, ce qu’avaient dit les auteurs qui ont fait des travaux avant le sien. Cependant, pour réussir à trouver les réponses à une recherche sur un sujet très éloigné de l'époque de l'étude, il a tourné ses études vers les auteurs anciens.

La recherche : comment se présent-elle ?
Canfora nous raconte l'histoire d'Alexandrie à partir de la structure d’un roman, avec les personnages, et comme si l’on pouvait s’arrêter quelques heures et tout lire avec une volonté de tout savoir : « Il était une fois à Alexandrie une bibliothèque pharaonienne célèbre dans le monde entier… » La table de matières est simple, sans sous-chapitres (qui n'existent non plus dans le texte) et elle ne présente presque aucune information claire sur ces chapitres, ce qu’oblige le lecteur à lire toute l'œuvre suivant l'ordre donnée dès le début.
Balayé, par contre, fait une œuvre de référence, surtout pour la consultation. La table de matières est bien définie par les périodes et présente aussi les sous-chapitres. Avec l'analyse de cette table de matières, c'est intéressant à vérifier que, pour chaque période, l'auteur a analysé presque les mêmes points : le personnel, les enrichissements, les catalogues, les bâtiments, le public, etc. Elle présente variations dans chaque administration, mais cela est aussi une possibilité de mise en comparaison avec ce qui existait avant et ce qui vient après.
Le texte lui-même présente plusieurs notes, qui parfois occupent plus que la moitié de la page. Elles donnent informations détaillées sur un passage, référence des sources ou des autres ouvrages, etc. Presque à la fin du livre, il y a une partie : « illustrations », avec 53 planches noir et blanc, portraits, plans, représentations de la BN, projets d'architecture, photos des salles et façades, avec légende et commentaires. Les portraits, Simone Balayé les utilise pour faire connaître les grands personnages du livre et de la BN. Les autres illustrations, elles sont utiles pour une étude plus détaillée des bâtiments, des projets d'aménagement, de transfert ou de reconstruction (comme nous souvient André Miquel dans la préface).
Pour le livre de l'histoire d'Alexandrie, les notes de bas de page sont principalement traductions des expressions utilisées en latin. Mais, à la fin, l'auteur présente, dans une partie « Notes », tous les textes et auteurs qu'il a utilisé comme référence. C'est là que l'on voit que l'auteur a utilisé les sources plus sûres, en invoquant les textes des auteurs anciens. Louis Desgraves dit, en un article sur le livre pour la BBF que « une parfaite familiarité avec les auteurs anciens lui permet, pour le plus grand plaisir du lecteur, de rendre vivants à nos yeux cette célèbre bibliothèque et ceux qui furent les artisans de son enrichissement puis de sa destruction. »
Après ces « Notes », nous trouvons la dernière partie du livre : « Sources ». Là, l'auteur reprend quelques sujets qu'il a utilisés pour développer l'histoire et donne quelques autres détails et références. Le livre présente aussi quelques images légendées, mais que ne sont que des plans : un de la ville d'Alexandrie et les autres des temples.
Côté BN, l'on trouve une bibliographie étendue et détaillée, avec une division en deux parties : sources manuscrites et sources et travaux imprimés. Les documents sont après organisés en accord avec le lieu où ils ont été trouvés et, après, par code ou par auteur et titre. Dans ces sources, l'on trouve livres, cartes, rapports, autorisations, dépenses, statistiques, plans, exposition, inventaires, catalogues, manuscrits enluminés, portraits, etc.
Dans le texte, Balayé raconte comment chaque administration et chaque personnage qui a eu une place important dans l'histoire de la bibliothèque a fait ses travaux, quelle était sa fonction, toujours avec les dates et avec les chiffres nécessaires. Elle fait des comparaisons entre les chapitres, justifie ses informations avec ce qu'elle a trouvé dans sa recherche et à la fin, elle enrichi le travail avec une « Chronologie », « Le personnel dirigeant de la bibliothèque », la « Historiographie », les « Illustrations » (que l'on a déjà parlé) et un « Index » des noms.
Sur l'histoire de la bibliothèque d’Alexandrie, Louis Desgraves dit, encore dans son article, qu'il s'agît d’un roman intéressant, où « l'auteur a l'art de rendre vivante et colorée une longue histoire souvent embrouillée, d'en démêler tous les fils. » Il met en scène les personnages connus et fait la description de certains faits qui ont un valeur important à l'histoire, mais aussi quelques uns qui sont même bien connus, comme le fait de prendre les manuscrits de tous les navires qui avaient des archivés pour les mettre dans la bibliothèque et faire une copie pour rendre au propriétaire ; et aussi l'histoire d'Aristophane que lisait tous les livres de la bibliothèque en ordre.

Conclusion
Par rapport à chaque travail, à chaque recherche, il faut trouver la meilleure méthode à suivre. Chaque sujet présent les difficultés les plus diverses, mais la grande variété de chemins donne toujours une indication d’où il faut commencer à chercher.
En s’agissant d’une recherche sur une bibliothèque, une bonne option est celle de commencer par une recherche des anciennes études, et voir les pistes qu’elles donnent pour le début. Après cela, il est utile de vérifier la possibilité de trouver des archives qui n’ont pas encore été analysées et ce qu’ils peuvent offrir comme piste. Parfois, il est possible de faire des entretiens avec fonctionnaires, usagers de la bibliothèque ou d’accéder aux inventaires et, peut-être, même à quelques documents personnels.
Dans le cas de ces deux livres, même si les deux ont été publié au même année et malgré la recherche et l’importance donné à ceux qui avaient déjà écrit sur ces sujets, la recherche de chaqu’un demandait une orientation différente. Simone Balayé avait la possibilité et le besoin de consulter les plusieurs archives existantes dans la bibliothèque, ce qui a rendu possible une œuvre complète, avec des détails sur le financement de la bibliothèque, mais aussi sur la formation de divers bibliothécaires qui étaient importants dans son histoire.
Luciano Canfora, lui, fait une recherche plus profonde sur les auteurs anciens, qui ont écrit sur la bibliothèque d’Alexandrie et sur ce qui était à côté de son histoire. Avec ces témoignages, plus que l’histoire d’Alexandrie, l’auteur a réussi à mettre en place les idées et la pensée de l’Antiquité classique.

Sources
Canfora, Luciano, La véritable histoire de la bibliothèque d’Alexandrie, Paris, ed. Desjonquères, 1988.
Balayé, Simone, La Bibliothèque nationale des origines à 1800, Genève, Droz, 1988.

Delon. M., In memoriam Simone Balayé (1925-2002), Revue d’Histoire Littéraire de la France 2002/4, Vol. 102, p. 699-700.
Pallier, D., Bibliothèque du bibliothécaire, BBF 1988, Paris, t. 33, n° 4
Desgraves, L., Bibliothèque du bibliothécaire, BBF 1988, Paris, t. 33, n° 4