samedi 21 mars 2009

O estande do Brasil

Durante o salão, trabalhei em três estandes diferentes que eram associados, e tinham mais ou menos os mesmos responsáveis : o do Brasil, o da livraria Portuguesa e de Portugal e o das éditions Chandeigne (onde estou fazendo estágio).

O estande do Brasil é organizado pela Biblioteca Nacional, quer dizer, eles alugam o espaço para o estande, e contratam uma pessoa autônoma para ser a responsável durante o salão aqui na França (e que, por acaso, também cuida do estande brasileiro em Frankfurt). Uma outra pessoa que trabalha para o Biblioteca Nacional também vem para o salão, mas ela fica mais concentrada em reuniões e contatos.

Diferentemente do estande de Portugal, o brasileiro não tem nenhuma ajuda da embaixada aqui na França; este ano, a única pessoa da embaixada que apareceu no salão foi uma secretária, recém-chegada no país. Com verbas limitadas, o estande do Brasil não costuma ter nenhuma bebida ou canapé, seja na noite de abertura, seja para oferecer para algum cliente mais importante, como acontece nos outros estandes. Portugal, sim. Não tinha nada grandioso, mas um bom vinho do porto e outros vinhos portugueses não faltaram na abertura e nem no dia que uma ilustradora veio fazer pequenos desenhos para os compradores do Les Portugais à Paris.

Sobre os livros que estão presentes no estande do Brasil, eles são de 2 naturezas : alguns vêm da Livraria Portuguesa e Brasileira, que deixa os livros sobre Portugal no estande de Portugal e manda os livros sobre o Brasil pro estande do Brasil. E o restante, e maior parte, vem do Brasil. As editoras brasileiras doam alguns livros para a BN – pode ser algum livro que não vende, algum bom para fazer propaganda. Isso depende muito da editora, umas mandam vários, outras só um ou outro, etc. E então, a BN manda esses livros junto com algumas publicações próprias.

O resultado é que às vezes faltam os grandes livros brasileiros em português, (que não são doados), mas que geralmente existem em francês na livraria. No entanto, muita gente procura o estande do Brasil ou de Portugal com a intenção de aprender o português (sobretudo o brasileiro, como eles falam aqui) e nem sempre é fácil de indicar a literatura que temos no estande. Seria muito interessante ter livros bilíngües, vendi vários exemplares do Une singulière jeune fille blonde do Eça de Queiroz em edição bilíngüe para pessoas que estavam estudando português.

O valor arrecadado com todas as vendas no estande é repassado para a BN, e os livros que sobram são comprados pela Livraria, que às vezes faz boas promoções com eles e o restante vai para a embaixada que se encarregada de distribuí-los (às vezes mandam para instituições, bibliotecas, etc.). Mas o preço dos livros favorece muito as vendas : sem o preço da importação, e com a conversão para o euro, os livros acabam ficando bem acessíveis para quem recebe em moeda européia.

As vendas esse ano foram boas, sobretudo na terça-feira. É interessante comentar sobre o grande interesse pelo Brasil : as pessoas procuram muito mais o nosso português que o de Portugal, o estande do Brasil ficava em geral mais cheio que o de Portugal, mas as pessoas que procuravam Portugal geralmente sabiam melhor o que queriam, enquanto o Brasil tinha uma quantidade maior de curiosos.

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