vendredi 6 mars 2009

Jeitinho

Houve um tempo, em que, na França, não se podia publicar qualquer coisa. Não porque houvesse um controle de qualidade dos livros, mas sim uma censura que proibia livros do tipo revolucionário e pornográfico. Mas é claro que a proibição dos gêneros só fazia com que eles fossem os livros mais procurados e lidos da época.

Para controlar tudo isso, um tal de directeur de la librairie era o responsável por dar ou não o Privilège du Roy, necessário para um livro ser impresso na França. Mas, como não conseguiam o tal privilégio, os livros proibidos começaram a ser impressos em países vizinhos, como a Suíça e a Holanda. Vendo os ateliers de impressão de outros países se desenvolvendo às custas do mercado francês, o directeur de la librairie começa a adotar uma nova postura.

Utilizando o que ficou conhecido como Permission orale, ele dava uma permissão para um impressor francês imprimir uma obra proibida, mas lhe aconselhava a esconder bem a sua produção e a apresentar na sua page de titre um endereço no exterior, informando que a obra nao teria sido impressa na França.

Essas permissões deram origem a histórias interessantes como o excesso de preocupação na falsificação dos lugares de impressão: “À Rome à l’imprimerie du Saint Père » para a obra L’enfant du Carnaval (pornográfica, é claro); e o fato do próprio directeur de librairie ter tido que esconder vários exemplares de uma obra proibida na sua própria casa porque era um dos únicos lugares que não seriam revistados.

2 commentaires:

  1. Lilia... Lilia?? Essa mesmo?
    Legal, o artigo: não sabia disso não!

    Marie.

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  2. Oie, Marie,
    que legal que gostou! também leio o seu blog (menos os posts em alemao! hehe), acho bem interessante e os posts pessoais sao legais!
    beijos!

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